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Congresso Final 2021

Tecnologias de clonagem do kiwi – do laboratório para o campo

Mónica Zuzarte1, Mariana Neves2, Ana Pedrosa2, Sandra Correia2, Jorge Canhoto2

1Institute for Biomedical Imaging and Life Sciences, Faculty of Medicine, Univ. of Coimbra, 3000-548 Coimbra
2Centre for Functional Ecology, Department of Life Sciences, University of Coimbra, 3000-456 Coimbra.

À semelhança de outras espécies fruteiras, o kiwi pode ser multiplicado assexuadamente por técnicas de clonagem convencionais, como a estacaria e a enxertia, ou por métodos de clonagem in vitro (micropropagação). Relativamente aos métodos convencionais de clonagem, a micropropagação apresenta a vantagem das plantas obtidas terem uma elevada qualidade fitossanitária e das condições de propagação não estarem dependentes de variáveis ambientais. Neste trabalho utilizaram-se duas técnicas de micropropagação (organogénese e proliferação de meristemas axilares) para clonar diferentes genótipos de cultivares de kiwi (Actinidia deliciosa), nomeadamente dos cultivares femininos Hayward e Tsechelidis e do cultivar masculino Tomuri. Plântulas resultantes de polinizações controladas foram também testadas. Os ápices caulinares (cerca de 1 cm) destas plântulas foram isolados e cultivados em meio MS suplementado com diferentes concentrações de BA (benziladenina, 0–5,0 mg/l) ou combinações de BA com 0,1 ou 0,5 mg/l de NAA – ácido 1-naftaleno acético). No caso de plantas adultas, estacas com cerca de 20-30 cm de plantas a crescer em pomares forma lavadas com água esterilizada, tratadas com um fungicida (Mancozebe, Sapec, 1g/l) durante 10 min. e novamente lavadas com água esterilizada. Em seguida, as estacas foram tratadas com um outro fungicida (Aliete, Bayer, 1g/l) e colocadas em frascos de vidro contendo água, numa estufa, a 25 ºC, e sob um fotoperíodo de 16h luz/8h escuro. Rebentos (2-3 cm) ou calos provenientes destas estacas, foram isolados e colocados em meio MS com BA (0,2–2.0 mg/l) ou combinações de BA e NAA (0,1 ou 0,5 mg/l). A indução de organogénese ocorreu em folhas dos rebentos obtidos como anteriormente indicado ou de rebentos caulinares mantidos in vitro em meios MS com BA e NAA nas concentrações previamente indicadas. O enraizamento dos rebentos obtidos por organogénese ou proliferação de meristemas foi conseguido in vitro ou ex vitro após tratamentos com IBA (ácido 3- indol butírico). A confirmação da sexualidade das plantas foi realizada recorrendo à amplificação por PCR de um gene específico das plantas masculinas. Quer as plantas masculinas quer as femininas aclimatizaram em percentagens superiores a 90, numa mistura (1:1) de turfa e perlite.

Palavras-chave: Actinidia deliciosa, aclimatização, enraizamento, organogénese, PCR, proliferação de meristemas

Desenvolvimento de estratégias que visem a sustentabilidade da fileira do kiwi através da criação de um produto de valor acrescentado

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